A origem da palavra comunicação não é mistério para ninguém, compartilhar, trocar informações, tornar comum algum assunto, informação de negócios, atividades para ser executada, todas são ações que fazem parte da nossa rotina e sobrevivência, mas o que tem haver a cadeia logística?
Comunicar, logo entendemos que é uma ação comum, porém antagônica a má interpretação, tornando assim dependente a quem recebe e a quem executa.
Um exemplo bastante comum é o ditado “Quem tem boca vaia Roma” ou diríamos “Quem tem boca vai a Roma”? Vaiar Roma e ir até Roma são duas ações realizáveis, que ambas precisam do ato comunicar, mas com resultados diferentes que comprometem assim o que seriam as reais intenções de cada comunicado.
Considerando esses conceitos para o mundo acadêmico e aplicando no tema logística, experts no assunto traduziram essas falhas em comunicação versus compreensão como efeito chicote (no inglês, bullwhip effect), denominação a qual remete um chicote em movimento, onde mais próximo de quem chicoteia a ação tem mais reverberância e ao longo vai perdendo sua força.
Quando aplicamos o significado na prática em supply chain temos a definição como sendo a distorção da percepção da procura ao longo da cadeia de abastecimento na qual os pedidos para o fornecedor tem variância na real demanda para atender ao consumidor, ou seja, os elos da cadeia logística (cliente, distribuidor, armazém e fábrica) possuem divergências na compreensão de produtos para o atendimento final do consumidor, podendo ser maior ou menor que a expectativa real.
Comunicação vai além da fala, os dados são também poderosos alicerces de comunicação e assertividade em nossas decisões de negócios, hoje uma empresa que não possui dados integrados e visibilidade que gerem insights valiosos, estão vivendo na armadilha do efeito chicote.
São aqueles que não possuem visão gerencial, alto ou baixo estoque de produtos devido a falta de inteligência na sua demanda, levando a rupturas em seu ponto comercial e, principalmente, a perda de vendas, receita e falhas em sua jornada de compra e na experiência de seu consumidor.
Algumas formas de redução do efeito chicote já validadas por alguns segmentos, principalmente varejistas, é agilizar o tratamento de pedidos, ajustar os níveis de estoque, maior alinhamento entre time comercial e de abastecimento, melhor previsão de vendas, redução de lead time e, com certeza, muita parceria entre todos os envolvidos, dessa forma redução dos erros por falhas de compreensão.
A tecnologia na cadeia de suprimentos vem para auxiliar nos processos do início ao fim (end to end), onde até 2024, 50% das organizações da cadeia de suprimentos investem em aplicativos que suportam inteligência artificial e recursos analíticos avançados, previsão realizada pela Gartner, em 2021.
E ainda traz que em 2023, 50% das empresas globais centradas em produtos terão investido em plataformas de visibilidade de transporte em tempo real e mercado que deve crescer rapidamente nos próximos dois anos.
Dessa forma erros de compreensão podem ser melhor evitados se todos possuírem acesso a informações importantes e com dados corretos, integrados de cada ponto da cadeia, só assim terão visão do que é a real necessidade e execução de uma cadeia logística do seu começo ao fim.
E é isso que nós, brainers, estamos estudando para levarmos ao mercado soluções que unam dados e inteligência a cadeia logística, em breve teremos grandes novidades e novas parcerias. Aproveite para ler também sobre a Indústria 4.0, outro artigo que trouxe mais assuntos sobre eficiência e negócios!
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