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Indústria 4.0: conceito, pilares e cenário atual no Brasil

Data: 27 abril 2020 | Categoria: InovaçãoIoT
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Aposto que você já ouviu falar sobre a Indústria 4.0, também conhecida como a quarta revolução industrial. Mas antes de iniciar este assunto, vamos recapitular e relembrar as outras três revoluções.

A primeira revolução aconteceu no século XVIII e teve como foco a mecanização dos motores a vapor, com foco na indústria têxtil.

A segunda revolução é chamada de elétrica, pois seu foco foi na eletrificação da fábrica, culminando nas fábricas de produção em massa, como por exemplo a linha de montagem de Henry Ford em 1913.

Com mecanização, eletricidade e produções em massa, foi a hora da terceira revolução nascer. Conhecida como a revolução industrial da automação, a tecnologia invade as indústrias para automatizar tarefas que eram mecânicas e repetitivas, tendo início nos anos 70 e indo até hoje.

Agora, vamos para a quarta revolução industrial, que tem como foco o uso de todo o conjunto de inteligência artificial, robótica, big data e várias outras tecnologias para a melhoria de todos os processos – do escritório ao chão de fábrica.

Pilares da Indústria 4.0

Para ajudar a formular o entendimento do que é a Indústria 4.0, foram criados alguns pilares centrais que norteiam toda as ações. Confira a seguir!

Interoperabilidade

Interoperabilidade é a capacidade do sistema de se comunicar de forma transparente com outro sistema, tornando a transmissão da informação mais eficiente. Assim, os dispositivos, máquinas e afins conseguem trabalhar de forma mais integrada.

Modularidade

Está relacionada à produção por demanda, com processos mais precisos e gastando menos recursos. Assim, todo mundo ganha com a geração de economia em vários lados.

Decisões em tempo real

Com o controle da produção e o acesso às diversas informações que vão do administrativo ao chão de fábrica, torna-se mais simples tomar decisões baseadas nos dados obtidos. Assim, o processo fica mais assertivo e apresenta menos falhas.

Descentralização

Com o recebimento de dados e a integração dos sistemas (interoperabilidade), a tomada de decisões fica descentralizada. Dessa forma, cada área consegue corrigir os problemas com menos tempo e burocracia.

Virtualização

Por que não utilizar tecnologias como a realidade virtual e aumentada nos processos da indústria? Essa é a grande questão da virtualização: a utilização de tecnologias que possibilitem a visualização de todo o processo, para que se tenha controle do que está sendo feito e para que as correções aconteçam rapidamente.

Orientação por serviço

Aqui, o objetivo é simples: gerar a conexão humana com a robótica na realização de tarefas. Por exemplo, a ação de mover uma caixa de uma esteira a outra pode ser feita de forma automatizada, enquanto o fechamento da caixa de forma manual.

Frentes de trabalho da Indústria 4.0

A Indústria 4.0 trabalha com nove assuntos principais nas frentes de trabalho:

  1. Big Big Data e Data Analytics: capacidade de coletar, organizar e analisar os dados em informações, para que se possa tomar as decisões de maneira mais estratégica e assertiva;
  2. Robótica: incorporação de robôs na execução de tarefas automáticas, reduzindo erros e otimizando a produção;
  3. Simulação: aqui, o principal é a utilização de simulações computadorizadas nas plantas industriais para aperfeiçoamento;
  4. Integração dos sistemas: para melhor comunicação de todos os sistemas, é importante manter a integração. Assim, as informações conseguem rodar e ser compartilhadas;
  5. Internet das Coisas (IoT): é a conexão entre a rede de objetos físicos, ambientes, veículos e máquinas por meio de dispositivos, que permitem a troca de informações rápida e efetiva;
  6. Cibersegurança: com todas as áreas conectadas, as redes precisam de sistemas de cibersegurança robustos para proteger os sistemas e as informações;
  7. Cloud Computing: os armazenamentos em nuvem possuem recursos que geram economia, além de otimizarem tempo, gerando maior eficiência;
  8. Manufatura aditiva: também conhecida como impressão em 3D, engloba a produção de peças modeladas, podendo ser usada em diversas áreas, das mais complexas às mais simples;
  9. Realidade aumentada: permite que montagens sejam feitas de forma remota por meio da realidade aumentada.

Esses são recursos interessantes, que podem ser explorados na gestão e operação de várias atividades do setor industrial.

Cenário da Indústria 4.0 no Brasil

No Brasil, o cenário ainda está em evolução. Isto porque, apesar de termos uma imensidade de recursos, nossa indústria ainda caminha a passos pequenos. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor industrial representa cerca de 11% do PIB, ocupando a 69% posição no Índice Global de Inovação, segundo estudo da Universidade Cornell, INSEAD e OMPI (2017). Levantamento da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) estima que ao migrar para a Indústria 4.0, tenha uma redução de custos industriais de no mínimo R$ 73 bilhões/ano, visto que a indústria brasileira irá ganhar em eficiência, nos custos de manutenção de máquina e consumo de energia.

Como vimos, a Indústria 4.0 é um assunto que além de importante para o crescimento e desenvolvimento do país, pode beneficiar várias pessoas com suas tecnologias. Aqui no Brain, temos um Squad de Indústria 4.0 e estamos em busca de soluções inovadoras e disruptivas que consigam solucionar os problemas existentes.

Quer ficar por dentro das tendências tecnológicas para os próximos anos? Confira essa lista!

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REDAÇÃO BRAIN

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