Neste período de isolamento social, trabalhar com métodos ágeis durante o home office contribui para manter a produtividade da equipe. Afinal, o momento exige que todos estejam ainda mais unidos, ativos, informados e executando suas atividades com qualidade. Um dos integrantes que contribui para a continuidade dos trabalhos é o Product Owner (PO).
Assim, quando falamos em home office e times ágeis, o papel de um PO ganha ainda mais importância, afinal esse profissional é essencial em relação a motivação, incentivo, trabalho em equipe e, principalmente, na definição do caminho que os projetos devem seguir.
Entenda um pouco mais sobre o que faz e, também, como é o dia a dia de um product owner durante o home office!
O Product Owner atua como o profissional que decide quais serão os recursos e funcionalidades do produto digital, ou seja, o que precisa ser construído como requisitos de um produto. O PO verifica os recursos criados, aceita ou não as funcionalidades desenvolvidas e, dessa forma, atua na definição de itens que integram o Product Backlog.
O Product Owner está intimamente ligado às metodologias ágeis e, além disso, faz parte de um dos papéis fundamentais do Scrum, método criado para organizar e gerenciar trabalhos complexos. O vídeo abaixo mostra um pouco mais sobre o Scrum:
Para falar um pouco mais sobre os desafios de um Product Owner, entrevistamos Emerson Alexandre, PO do squad Everest, no Brain:
Emerson, conta pra gente um pouco sobre o seu squad e, também, o seu papel de PO nele!
O Squad Everest busca, através da diversificação do portfólio, capturar novas oportunidades e gerar dinheiro novo para a Algar Telecom, com o público de Provedores de Internet (ISP – Internet Solution Providers) e outras operadoras. Este trabalho resulta em um novo modelo de negócio com este público, o qual nos permite reforçar a presença com os clientes e atingir por meio deles uma maior parte do mercado e de forma mais ágil, incremental e gradativa.
Quais as características imprescindíveis de um PO?
Para mim, o PO tem que ser muito observador, com a capacidade de negociação muito desenvolvida, bem como a capacidade de influenciar; sempre buscar com os clientes internos e externos (da mesma forma que com o time) identificar os contextos e os principais pontos além do que está sendo informado, com muita disposição e iniciativa de obter conhecimentos e efetivamente aplicá-los diariamente no trabalho.
Como foi a mudança em lidar com o squad por home office?
O Squad Everest é composto por pessoas de empresas, prédios e cidades diferentes. Dessa forma, a transição do trabalho remoto para efetivamente home office não gerou uma ruptura na dinâmica e nas entregas da equipe.
Vocês tiveram alguma dificuldade em continuar com os métodos ágeis de forma remoto?
Trabalhar exclusivamente de home office trouxe desafios adicionais, pois trabalhar de casa tem “infinitas” tentações e a disciplina, não só no planejamento diário mas também na execução dele, são essenciais para fazer uso dos diferenciais que a metodologia ágil proporciona.
Dá certo fazer as cerimônias de casa?
Cerimônias ágeis executadas de casa neste período geraram muito material divertido depois! Desde um filho grande que passa sem camisa atrás de você, até mesmo colegas que ligam a câmera rapidamente e não percebem que colocaram o óculos de cabeça pra baixo, ou um interfone fazendo barulho durante uma apresentação. Tem de tudo, mas funciona bem e mantém nossa condição de pessoas comuns em nossos lares, e isto não é problema em nenhum momento.
Na sua visão como PO de um squad, qual a dica para quem está adaptando seus times ágeis de forma remota?
Minha dica, principalmente a partir das experiências do momento em todos estamos vivendo, é: se você é PO, interaja ainda mais com seu time, diversifique as ferramentas como telefone, vídeos, mensagens de texto, áudio… Faça uso de todas as ferramentas que tiver.
Também mantenha seu time atento, amenize as tentações de trabalhar de casa, mantenha sempre a representação dos clientes internos e externos para o time, influencie o squad com disposição e ritmo. Afinal, principalmente nesta época em que tudo teve que mudar rapidamente, a entrega percebida como valor para os clientes nunca foi tão necessária.
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