Realizar planejamentos a médio e longo prazo, tanto na vida pessoal como profissional, sempre fez parte da nossa rotina, e fomos ensinados a agir dessa forma, mas com a pandemia fomos forçados a nos reinventar e provocados a mudanças rápidas e eficientes, por isso, podemos trazer o questionamento e pensar como a inovação e a metodologia ágil podem ir além do desenvolvimento de produtos? Agora, a capacidade de adaptação foi posta em prova para garantirmos nossa segurança e fatores socioeconômicos dos locais no qual trabalhamos.
Diante das mudanças e incertezas que estamos vivenciando, o que podemos fazer para manter nossa saúde física e mental em bom estado? E ainda garantir o resultado que as empresas esperam? Como Scrum Master, gostaria de discutir como a inovação e a metodologia de desenvolvimento de produtos podem contribuir neste contexto.
Começo essa reflexão com uma frase interessante que escutei outro dia sobre o modelo de trabalho home office ou presencial, tão discutido atualmente, “estamos trabalhando em casa ou estamos morando no trabalho?”
A Organização Mundial de Saúde define saúde mental como o estado de bem-estar em que o indivíduo realiza todo o seu potencial, é capaz de lidar com as próprias tensões da vida e de trabalhar de forma produtiva , conseguindo contribuir com a sua comunidade.
Desta forma, um assunto que ganhou destaque ultimamente e está sendo discutido nas empresas é a síndrome de burnout, que retrata um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida das pessoas..
A adoção do modelo trabalho no formato home office trouxe grandes benefícios que facilmente podemos citar, como: proximidade da família, redução do stress no trânsito, autogerenciamento, redução de custos e encargos para as empresas, opção de contratação de profissionais de diferentes lugares. Por outro lado, temos pessoas que preferem o modelo presencial e apontam algumas desvantagens no home office, sendo elas: falta de foco, excesso de agendas que comprometem a execução das atividades, falta de uma rotina de lazer. Situações as quais afetam de forma negativa nossa saúde mental. E até que ponto estamos preparados para ambos? Existe um modelo adequado que agrade todos funcionários? Estamos utilizando com qualidade nosso tempo ?
Com o avanço das vacinas, pesquisas apontam que o desejo das companhias em retomar as atividades presenciais, mesmo que de maneira híbrida, é claro. Segundo estudo realizado pela consultoria KPMG no primeiro semestre, 66% das empresas estavam interessadas em voltar ao trabalho presencial ainda em 2021, e os 34% restantes em 2022.
A situação, porém, já mudou desde o levantamento. “Agora estamos vendo que está em um patamar de 50% para voltar neste ano e 50% no ano que vem”. Não por acaso, 74% das empresas ouvidas pela consultoria afirmam que os planos da volta ao trabalho presencial mudaram em algum momento por causa do surgimento de novas cepas. Além disso, a vacinação completa ainda está na casa dos 20%, o que também atrapalha a retomada.
O modelo híbrido vem sendo discutido não apenas para modelo de trabalho, mas também para a retomada de eventos, aulas, e é visto tanto por empresas quanto por especialistas como um caminho sem volta. Uma pesquisa realizada pela companhia de coworking WeWork com a consultoria Workplace Intelligence aponta que 53% dos funcionários desejam trabalhar três ou mais dias em casa por semana. “Revista Exame – artigo publicado em 15/08/2021”.
Aqui no Brain, adotamos o modo de trabalho “anywhere office”, onde os brainers podem trabalhar de qualquer lugar, de forma híbrida, seja nos escritórios localizados em Uberlândia, Recife e São Paulo, ou em suas casas. Respeitamos a segurança e as necessidades dos nossos colaboradores, dessa forma estamos abertos ao formato que garanta sua produtividade e atenda sua realidade. Além disso, promovemos discussões constantes sobre o tema, proporcionando um debate real e colaborativo, garantindo ações que contribuam para o bem estar dos associados.
Na Tribo SAMPA não é diferente, buscamos motivar nossa equipe a ter seus momentos de lazer, atividade física e compartilhamos nossos momentos como reforçador da importância do tema.
Você já deve ter visto ou escutado os termos MVP (Minimum Viable Product/Produto Mínimo Viável), pivotar, soft skills, entre outros, e porque não usarmos esses termos praticados nos projetos e organizações para nossa vida pessoal ?
O conceito de MVP define uma forma simples e enxuta de uma solução/produto a ser lançado para o mercado, com funcionalidades básicas e recursos mínimos, a fim de validar a proposta de valor da ideia antes do seu lançamento definitivo. Com isso, o MVP é testado e, se necessário, realiza-se adaptações de acordo com o retorno de uso do público alvo, e caso não tenha aderência, pivota-se (muda-se) o projeto e o rumo do negócio.
Neste contexto, as soft skills, também conhecidas como habilidades comportamentais das pessoas, são essenciais para o desenvolvimento dos projetos, pois podem influenciar positivamente ou negativamente o ambiente de trabalho. Podemos citar inúmeras soft skills importantes como: criatividade, comunicação, empatia, ética, colaboração, relacionamento interpessoal, flexibilidade, resiliência, organização, negociação, etc, presentes em nosso dia a dia profissional.
E já que usamos tudo isso em nossa vida profissional, porque não usarmos também para a vida pessoal e assim atingir a tão desejada saúde mental que queremos ? Já experimentou criar os próprios OKRs (Objectives and Key Results/Objetivos e Resultados Chaves) e acompanhar a evolução através de um quadro Kanban?
Se queremos mudar algum hábito para melhorar a qualidade de vida, comece aos poucos (lembre-se do MVP), teste sua ideia, coloque em prática e veja os resultados, utilize e desenvolva suas soft skills e esteja apto a novos aprendizados, se adapte, se organize, seja criativo, e se algo não der certo….pivote, mas não desista e mude o rumo das coisas.
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