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Intraempreendedorismo: como iniciar uma cultura de ideias e experimentação na sua empresa?

Data: 02 setembro 2024 | Categoria: Metodologias
imagem que remeta a intraempreendedorismo

O empreendedorismo é um conceito conhecido e consolidado, usado para falar da prática de investir no próprio negócio e trabalhar nisso. Mas, e quando falamos de intraempreendedorismo, você sabe o que queremos dizer? 

O próprio nome nos ajuda: se refere à prática do empreendedorismo dentro das empresas. Isso pode ser feito por meio de técnicas e ações para incentivar os funcionários a pensarem e agirem como empreendedores, mesmo sem sair da organização.  

Em outras palavras, é empoderar os colaboradores com autonomia, liberdade e recursos para inovar e criar soluções dentro da própria empresa. 

Por que o intraempreendedorismo é relevante? 

Destacamos aqui 4 pontos que reforçam a importância de praticar e implementar o intraempreendedorismo: 

  1. Inovação contínua: quando os funcionários são incentivados a pensar de forma criativa e a propor novas ideias, a empresa se torna mais inovadora e reforça sua capacidade de se adaptar constantemente. 
  1. Engajamento dos funcionários: programas de incentivo a ideias, com métodos e reconhecimento, aumentam o engajamento pois fazem com que sintam que suas ideias são valorizadas e que têm a oportunidade de fazer a diferença. 
  1. Melhoria de processos: muitas vezes, os próprios funcionários têm boas ideias sobre como melhorar os processos internos, pois estão diretamente envolvidos. O intraempreendedorismo permite que essas ideias sejam exploradas e implementadas, resultando em maior eficiência e produtividade. 
  1. Desenvolvimento de talentos: ao promover uma cultura de inovação, a empresa também investe no desenvolvimento de habilidades de seus talentos, como liderança, resolução de problemas e pensamento crítico. 

Como funciona um programa de intraempreendedorismo? 

Na prática, para funcionar, é essencial que a empresa crie um ambiente que apoie a inovação e a geração de novas ideias. Isso inclui o papel de apoio da liderança, que deve estar aberta e disposta a investir em projetos inovadores, e um processo de reconhecimento e recompensas, que valorize os esforços e incentive a continuar inovando. 

Além disso, para implantar e fortalecer uma cultura empreendedora dentro da empresa, é preciso definir um fluxo, que pode começar com a experimentação: uma abordagem sistemática para testar hipóteses e validar ideias de forma rápida e barata, antes de investir tempo e recursos na implementação de algo novo.

Isso é feito a partir da criação de um ambiente controlado para testar uma ou mais variáveis, coletar dados e analisar os resultados para tomar decisões. 

Dessa forma, os experimentos permitem a minimização dos riscos e maximização dos resultados e podem ajudar a identificar oportunidades de melhoria em processos existentes, aumentando a eficiência e reduzindo custos. 

Como iniciar um processo de experimentação na sua empresa? 

  1. Identifique os desafios e oportunidades de negócios: analise e identifique áreas que possam se beneficiar de experimentação. Isso pode incluir desenvolvimento de produtos, marketing, vendas, atendimento ao cliente, entre outras. Além de olhar internamente, veja o que os concorrentes ou outras empresas estão fazendo.
  2. Defina objetivos claros: algo como aumentar as vendas, melhorar a eficiência ou reduzir custos são bons objetivos. Isso ajudará a orientar o processo de experimentação e garantir que os resultados sejam relevantes para a empresa.
  3. Identifique as hipóteses: mapeie o que deseja testar. Pode ser sobre o comportamento do consumidor, a eficácia de uma nova estratégia de marketing ou a eficiência de um novo processo.
  4. Crie um plano de experimentação: inclua as variáveis que serão testadas, as métricas que serão usadas para avaliar os resultados e o cronograma para a execução do experimento.
  5. Execute o experimento: coloque em prática de acordo com o plano criado, coletando dados e analisando os resultados.
  6. Avalie os resultados: por meio disso, determine se as hipóteses foram confirmadas ou refutadas e use esses resultados para tomar decisões sobre como avançar.

Depois de experimentar, é hora de avaliar as possibilidades de escalabilidade, para transformar a ideia em um projeto inovador.

Assim, é importante ressaltar que existem sucessos e fracassos de experimentos e que isso faz parte do processo: o que vale é o aprendizado e ter a mentalidade de tentar de novo, a partir da mesma ideia, ou com uma nova.  

Sabia que o Google, por exemplo, tem o Google Cemetery, um ‘cemitério’ para guardar projetos e serviços que foram pensados, lançados, usados e, depois, ou melhorados ou descartados?

Alguns exemplos são o Google+, uma rede social que nunca conseguiu emplacar e o Google Rides, um serviço para encontrar táxis, caronas ou traslados, criado muitos anos antes do Uber aparecer e apenas em 14 cidades nos EUA, mas que não prosperou.  

Por fim, isso mostra que o mais importante do intraempreendedorismo é a vontade, a liberdade e a cultura de geração de ideias, e entender que está tudo bem errar e começar de novo, um passo de cada vez. 

E aí, pronto para começar na sua empresa?  

 

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