O termo IoT cada vez mais é utilizado e vem se popularizando. O termo Internet das Coisas (do inglês Internet of Things) é utilizada para dar nome a objetos que podem se conectar via internet. Se isso há algum tempo parecia coisa de filme, hoje já é uma realidade para grande parte da população mundial, inclusive no Brasil.
Segundo pesquisa do Kantar IBOPE Media, as Smart TVs estão em 66% dos domicílios brasileiros. Ainda, os entrevistados também afirmam ter em casa smart watch (22%) e dispositivos inteligentes ativados por voz, como lâmpadas e alto-falantes (8%). Assim, um estudo da IDC estima que as vendas de IoTs voltados para automação doméstica deverão crescer em uma média de 11,9% nos próximos anos.
Os dispositivos IoTs não são uma coisa nova, mas uma série de inovações tecnológicas, que vem avançando, contribuíram para o boom destes dispositivos. Entre elas podemos citar: plataformas de computação em nuvem, inteligência artificial, machine learning e análise avançada.
Como vimos nos exemplos citados acima, os IoTs já são uma realidade para um grande número de pessoas e estão presentes em nosso dia a dia, mas isto é apenas o começo dessa revolução.
Abaixo, confira o vídeo sobre Dispositivos Inteligentes, oficina que aconteceu durante o Brain Innovation Summit 2021.
Estes dispositivos, aliados às outras tecnologias, podem nos ajudar em quase todas as áreas, veja alguns exemplos:
Em um dos temas mais quentes hoje, que é o impacto dos negócios no meio ambiente, sistemas IoT já estão sendo muito utilizados para aumentar a eficiência de energia elétrica. Dessa forma, utilizando sensores é possível monitorar em tempo real o consumo de energia. Uma variação anormal no consumo pode ser detectada remotamente.
Contudo, sistemas IoT vão muito além de medir remotamente. Hoje, é possível atuar remotamente nos sistemas, ligando e desligando equipamentos e buscando aumentar sua eficiência. Por exemplo, sensores de temperatura e umidade sendo usados por uma inteligência artificial para ligar e desligar uma máquina de ar condicionado que foi esquecida ligada em um escritório. Assim, desligando este equipamento, que ficaria ligado a noite toda, geramos não só economia de energia e dinheiro, mas também evitamos as emissões de CO2 provenientes da geração desta energia.
Um outro bom exemplo está dentro da indústria: a utilização de sensores de vibração e temperatura em máquinas ajuda a identificar desgastes ou até falhas iminentes, tornando assim a manutenção muito mais previsível. Ainda, segundo dados da consultoria McKinsey, a manutenção preditiva, aprimorada por inteligência artificial, pode gerar uma redução de 40% nos custos de manutenção. Também, pode reduzir o tempo de inatividade das máquinas em até 50% e aumentar a vida útil em 20% a 40%.
O potencial de IoT também é gigante na geração de inteligência e insights. Estes dispositivos, por meio de seus sensores, captam dados constantemente e, hoje, dados são dinheiro. Por exemplo, dados de sensores que monitoram a abertura da porta de um freezer, dentro de um supermercado, podem ser usados para indicar a atratividade dos produtos naquele freezer. Ainda, câmeras de segurança podem ser usadas para, além de monitorar o ambiente, estudar a utilização deles. Isto permitiria decidir estrategicamente, por exemplo, onde colocar produtos com margem maior ou uma máquina de venda automática.
Segundo o artigo What’s Your Data Strategy?, divulgado pela publicação Harvard Business Review, em média, menos da metade dos dados estruturados de uma organização é usada ativamente na tomada de decisões nas empresa. Ainda, menos de 1% dos dados não estruturados são analisados e usados de maneira direta. Assim, imagine o potencial a ser destravado pelas empresas que adotarem a tomada de decisões baseadas em dados. Com certeza, estarão muito à frente de seus concorrentes.
Ainda há muito mais por vir. Por exemplo, imagine nano robôs com sensores entrando dentro do seu corpo, monitorando sua saúde em tempo real e transmitindo alertas para uma equipe médica do seu plano de saúde. Isso sem falar em carros autônomos que já são uma realidade em alguns países.
Portanto, são muitos caminhos e possibilidades e não há mais volta. No entanto, ainda temos muitas discussões que devem ser feitas no âmbito da segurança. Prova disso é o recente debate sobre um projeto de lei apresentado no Reino Unido, que quer elevar os padrões de segurança para dispositivos do tipo IoT, incluindo celulares, smart televisores e afins.
Por meio do IoT é possível utilizar melhor as informações disponíveis e extrair mais valor de produtos e serviços, independentemente do seu segmento de atuação. Nesse sentido, o futuro já começou e está acessível a todos, com sensores e dispositivos de ótimo custo benefício, normalmente utilizando as redes já disponíveis e protocolos de comunicação padronizados. Ou seja, utilizar IoT para melhorar seus negócios não é um desafio complexo e inatingível, basta encontrar os melhores sensores e as melhores oportunidades.
Assim, o limite, após a instalação dos sensores, é a imaginação do que é possível fazer com os dados. Gostou do artigo? Clique aqui para saber mais sobre IoT e eficiência energética.
Escrito por Rodrigo Barreto, Engenheiro de Soluções, e Bruno Galucci, Product Owner no Brain.