Muito se tem discutido sobre a atuação das mulheres no mercado da tecnologia, um tema de grande importância, onde ainda temos uma participação tímida do universo feminino.
A Serasa Experian realizou uma pesquisa revelando que menos de 1% das mulheres trabalham com tecnologia no Brasil.
Esse estudo foi para entender o perfil das mulheres que atuam na área de tecnologia onde a representação feminina neste setor no Brasil é de 0,07% – correspondendo a 69,8 mil profissionais.
O número é muito maior quando olhamos para o público masculino, 0,33% trabalham na área de TI, conforme levantamento feito com 92,4 milhões de homens no país.
Apesar de grandes referencias de conquistas históricas de algumas mulheres que contribuíram e muito no mundo tecnológico, como Ada Lovelace, que criou o primeiro algoritmo, Grace Hopper que desenvolveu os primeiros compiladores, ainda existem grandes desafios nesse setor.
A disparidade de gênero, a falta de representação em cargos de liderança, salários inferiores aos dos homens e até o pré conceito do mundo corporativo, são fortes barreiras que impedem e desestimulam a participação mais ativa das mulheres.
Quando as empresas começarem a compreender a importância da diversidade de gênero e a relevância que isso traz dentro do processo de inovação e o estímulo empresarial, será possível criar juntos um futuro com mais inclusão e igualdade na tecnologia.
Com esse crescimento exponencial de novas tecnologias surgindo, abre-se também oportunidades para mão de obras cada vez mais preparados.
Apesar da escassez de profissionais qualificados e isso ser um desafio global, é possível aproveitar essa janela para vislumbrar uma necessidade emergencial das empresas que estão em expansão de seus negócios e precisam de pessoas para cargos estratégicos dentro da tecnologia.
Assim, nessa frenética mudança, de obter conhecimentos em linguagens de programação, frameworks e ferramentas.
Isso exige que os profissionais estejam em constante aprendizado e essa é a hora das mulheres mostrarem que tem essa competência e tentar buscar seu espaço, não é fácil pelos motivos já citados, mas com a digitalização de empresas, o aumento da inteligência artificial em várias frentes, o avanço da segurança cibernética e outras áreas, é factível que as empresas aumentem essa demanda por profissionais de TI.
É preciso que haja um trabalho inicial das instituições acadêmicas, para incentivar as mulheres a participarem mais de projetos práticos e colaborativos em sala de aula e ou até mesmo promovendo Hackatons exclusivos para mulheres, trazendo desafios reais demandas pelas empresas parceiras da instituição.
Dentro do ambiente acadêmico, criar eventos com a participação de mulheres que estão hoje na área de TI para que elas possam compartilhar suas experiencias, como venceram os desafios e os passos essenciais para chegar onde chegou.
Criação de laboratórios de robóticas e IOT para oferecer atividades práticas, onde seja possível construir e programar pequenos dispositivos de IOT, trará uma experiencia e conhecimento na prática.
As empresas também precisam ter um programa onde haja uma política de inclusão, acolhimento e apoio na carreira das mulheres, pois apenas criar cotas de diversidades e não ter um acompanhamento que crie vínculos de pertencimento, não ajudará no crescimento e confiança da profissional.
Seja dentro ou fora da empresa, se faz necessário as instituições corporativas criarem oportunidades que possam inspirar, incentivar a participação das mulheres na área de TI.