É inegável que a tecnologia traz uma série de impactos para a vida social. Porém, é perceptível como avanços proporcionados pela transformação digital têm revolucionado os hábitos de consumo das pessoas. Entre elas, um grupo chama a atenção por ter formas de usar a tecnologia que trazem novas demandas para as empresas. São os nativos digitais.
No entanto, esse grupo não é composto apenas por jovens, mas principalmente por grupos que são ativos economicamente. Assim, eles possuem interesses e hábitos de consumo que podem ser diferentes do que alguns negócios imaginam.
Mesmo que as lideranças de uma empresa não façam parte do grupo, o negócio deve compreender e saber como se relacionar com os nativos digitais. Isto porque, sem esse conhecimento, ficará difícil estabelecer vínculos essenciais para atrair clientes, fidelizar consumidores e atingir novos mercados.
É fundamental saber quem são os nativos digitais, suas particularidades e diferenças em relação a outros públicos. Mas, principalmente, como utilizar a inovação para que esse grupo esteja no centro das decisões comerciais da sua empresa.
Criado em 2001 pelo especialista em educação norte-americano Marc Prensky, o termo “nativos digitais” diz respeito ao grupo de pessoas que nasceu após a década de 1980. Dessa forma, entrou muito cedo em contato com tecnologias como computadores, celulares, videogames e outros aparelhos eletrônicos. Isto porque tais tecnologias promoveram transformações no modo como nos relacionamos, comunicamos e, também, consumimos.
Assim, alguns especialistas apontam a geração Y, também chamada de millennials, e principalmente a Geração Z, composta por pessoas nascidas após 1995, como nativos digitais, que nasceram e cresceram em um mundo totalmente digital no qual não existem diferenças entre o universo online e offline.
Por causa disso, a maneira de consumir tem mudado e as empresas precisam observar aspectos que são importantes para manter o relacionamento com seu público. Além disso, o consumo está mais dinâmico não apenas pelo avanço tecnológico, mas também pela diferente visão de mundo que os nativos digitais possuem.
Estamos falando de pessoas que utilizam as ferramentas digitais para se informarem, produzirem conteúdo e conversarem com amigos, familiares e também empresas. Também é um grupo que tende a ser autodidata, valoriza mais a experiência do que a propriedade. Ainda, tende a fazer muitas coisas ao mesmo tempo e, por isso, precisa ter sua atenção cativada rapidamente. Por fim, esse grupo se preocupa com aspectos éticos, sociais e humanos em todos os seu círculos de relacionamento, como família, amigos, trabalho e consumo.
Essas são algumas características dos nativos digitais. Tudo isso impacta a maneira deles consumirem, como mostra um levantamento da Infobase Interativa sobre esse grupo, que é 32% da população mundial e 20% do público brasileiro:
Além disso, 96% utilizam o Youtube e 74% o Instagram, o que reforça para as empresas a importância de usar e se comunicar de maneira efetiva com as pessoas e fazer um bom gerenciamento de redes sociais.
A inovação permite criar novas formas de vender e se relacionar com nativos digitais. Foi-se o tempo em que bastava fazer uma propaganda e esperar o público adquirir um produto ou serviço. Hoje em dia, o relacionamento entre marcas e pessoas deve ser duradouro e constantemente preocupado com a experiência dos clientes.
Os nativos digitais podem ser parte considerável do público de uma empresa. Logo, é importante criar formas disruptivas de se relacionar com esse grupo social.
Isso contempla, por exemplo, a experiência em dispositivos móveis, afinal os nativos digitais realizam uma infinidade de ações pelo smartphone, inclusive compras. Assim, se a experiência de compra for ruim, dificilmente um nativo digital volta a comprar da mesma marca.
Também é fundamental pensar em soluções inovadoras que utilizem plataformas e dispositivos usados pelos nativos digitais. Em um mundo no qual a Internet das Coisas já é uma realidade presente na vida de milhões de pessoas, criar boas experiências usando esse recurso pode ser crucial para atingir esse público.
Outra novidade que tende a aumentar as possibilidades de inovação das empresas no relacionamento com clientes é a tecnologia 5G. Essa mudança aumentará a conectividade e deixará a internet ainda mais rápida, expandindo as oportunidades de uso.
Para uma geração inteira que usa a internet para tudo, será um salto de conexão que não pode ser desprezado pelas empresas. Elas terão a chance de pensar em recursos disruptivos que usem a conectividade 5G para promover uma experiência de consumo interativa, rápida e agradável para os nativos digitais.
Portanto, para você se aprofundar no tema e entender como a inovação é fundamental para o presente e o futuro das empresas, veja 3 tendências da área para os próximos anos.