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Neuromarketing: como aplicar o melhor de seus benefícios em suas estratégias digitais

Data: 01 abril 2021 | Categoria: Digital
imagem com a Marcia que representa uma solução de neuromarketing

Muito se tem falado sobre Neuromarketing, mas ainda existem algumas dúvidas sobre o que é, quais os benefícios e como aplicá-los em suas estratégias digitais e consequentemente nas vendas do seu negócio e neste artigo eu vim te ajudar. 

Conhecido também como Neurociência do Consumo, o Neuromarketing é a Neurociência aplicada ao marketing, em que se estuda o comportamento humano por meio das informações da atividade cerebral. É aquele olhar mais científico para o cérebro do nosso consumidor.

Quem idealizou o conceito de Neuromarketing foi o médico e pesquisador da Universidade de Harvard, Gerald Zaltman. Com acesso aos aparelhos da área médica, Zaltman decidiu utilizar equipamentos de ressonância magnética para realizar pesquisas com fins mercadológicos.

Foi em 2000, que o Neuromarketing foi registrado pelo pesquisador como uma ferramenta de marketing. Até hoje, seus métodos e estudos são aplicados para entender com mais assertividade o que acontece no cérebro de alguém quando ela opta pela compra da marca x e não da marca y. Você sabia que um estudo realizado pela Universidade de Harvard apontou que 95% das nossas decisões de compra são inconscientes, ou seja, são tomadas pela emoção?  Então, não se culpe, por ter comprado algo que nem precisava, mas por impulso acabou adquirindo e levando pra casa.

Acredite! Um dos objetivos do neuromarketing é justamente aumentar a lembrança da marca. Sempre que um consumidor conceitua a aquisição de um produto ou a contratação de um serviço, ele passa a lembrar da marca e a considerá-la em sua decisão de compra. Mas como você pode colocar o neuromarketing em prática na sua empresa? Vou te mostrar os passos que você deve seguir.

  1. Proporcione experiências positivas na mente do seu cliente

Muitas das decisões se baseiam em excelentes experiências que o cliente vivenciou. Comprar libera uma substância chamada dopamina, que traz  o sentimento de recompensa e sensação de prazer. O inconsciente do indivíduo grava essa lembrança e aguarda ansiosamente para repetir a dose. Quanto maior e melhor for a experiência de compra, mais fascinada ficará a pessoa para comprar novamente.

  1. Aplique a psicologia das cores em suas estratégias de marketing

As cores influenciam e muito! Por isso é extremamente importante criar uma identidade visual com cores e elementos que representem bem a sua marca. As cores de uma embalagem nos levam a escolher uma marca em vez de outra? A cor de um box no site nos torna mais propensos a clicar nele? Sim!⠀

O porquê é um pouco mais complexo, tem certas cores que nos causam mais impacto do que outras. A mesma cor pode ter significados ou interpretações diferentes que dependem da nossa cultura, educação, gênero e outros valores.

A cor desempenha um papel importante na forma como sua marca é percebida. O significado delas pode ajudá-lo a atrair e se conectar com seu cliente ideal. É por isso que entender a psicologia das cores pode ser tão útil para as estratégias de marketing. Porque pode ajudá-lo a retratar sua marca da maneira que você deseja.⠀

  1. Storytelling: gere conexões emocionais entre sua marca e o consumidor

Conte uma história! Desperte emoções e reações da sua persona. Isso gera uma grande conexão emocional, por que as pessoas passam a se identificar com a sua marca. Use o poder da narração para envolver e conquistar as pessoas.

O segredo de um storytelling envolvente é aquele que conta uma história não com o intuito de vender um produto ou serviço, mas de se importar com a sua persona de mostrar como sua marca chegou até ali, qual a experiência que seu produto traz para o seu consumidor e o bom de uma narração é que você cria e conta com um final que você quiser.

  1. Não deixe o cérebro do seu cliente cansado: sintetize as opções

O cérebro não gosta de gastar energia, então as estratégias de marketing precisam fazer com que o cliente pense menos para não levá-lo a exaustão e com isso não efetuar nenhuma compra diante de tanta indecisão. Opções demasiadas causam paralisia! A simples tarefa de escolher pode se tornar algo extremamente doloroso.

O fenômeno já foi estudado por um psicólogo chamado Barry Schwartz, autor do livro: “O Paradoxo da Escolha”, que nos mostra que a associação direta, feita na grande maioria das sociedades modernas, entre a quantidade de escolhas e a liberdade dos indivíduos nem sempre se traduz em felicidade, quanto mais opções, menos felicidade a pessoa sente. 

Então, para o processo de decisão de compra: As empresas precisam pensar na variedade disponível de produtos e como tornar a etapa de venda a mais intuitiva possível, oferecendo maior conveniência e rapidez na finalização da compra. Uma relação passa a ser mais duradoura quando um conhece bem o outro e as empresas precisam conhecer melhor seus consumidores!

  1. Ancoragem de preço: uma estratégia assertiva

Geralmente o preço do produto é um dos primeiros motivos de avaliação na tomada de decisão do consumidor e muitas empresas têm usado estratégias como a ancoragem e psicologia de preço para potencializar as vendas. Como funciona?

Você está na praça de alimentação de um shopping desejando algo gelado, daí sua atenção é despertada por uma imagem: Milkshake pequeno – R$10 e Milkshake grande – R$15. Olhando os dois preços, você tem logo a percepção de que o grande é bem mais caro, certo?

Vamos adotar a estratégia de colocar um valor intermediário: Milkshake pequeno – R$10,  Milkshake médio -R$14 e Milkshake grande – R$15. O grande se aproximou do valor do médio, a qual teve um papel importante para equilibrar os preços e trazer a percepção de que o grande é mais vantajoso, já que a diferença é de apenas R$1.

A nossa mente capta de imediato a opção mais vantajosa. Ela cria uma situação que nos faz agir sem questionar, o que pode resultar na compra por impulso, de caráter emocional e não racional. A psicologia dos preços pode ajudar um produto a ser mais atrativo e muitas vezes, passar a mensagem de maior valor agregado. ⠀

  1. Humanize: imagens e vídeos conectam 

Os seres humanos são atraídos por seres humanos. Por isso, os rostos de pessoas despertam a atenção e causam mais empatia. Temos a predisposição a corresponder aos olhares de rostos femininos, masculinos ou de bebês.

Capriche nas imagens e nos vídeos! Eles geram conexões! Nada de trabalhar com imagens de baixa resolução, desfocadas ou confusas. Explore também as diversas ferramentas disponíveis para edições de vídeos de forma gratuitas.

  1. Produza conteúdos “neurochamativos”

Entendendo o funcionamento do cérebro é possível criar conteúdos mais envolventes e é desta forma que o conteúdo digital desempenha um papel essencial na condução do cliente a optar pela nossa marca ou produto.

De que adianta uma imagem bonita que chame a atenção e o conteúdo não ser atrativo? Eles precisam andar lado a lado, conversar, pois o segredo de um bom funil de vendas é a estratégia do marketing de conteúdo.

Conheça bem a sua persona, desta forma, é possível estruturar a linguagem, o formato do material e o tipo de abordagem que terá mais impacto diante dos seus consumidores.   

Além da produção de um conteúdo que contenham palavras chaves que estimulem o cérebro do seu cliente, verifique a parte da ortografia, concordância verbal…nada de erros de portugês, existem várias ferramentas na internet que te ajudam a conferir se está tudo certinho com o seu texto, também não deixe tantas palavras repetidas, está sem ideias de substituição? Recorra a um dicionário de sinônimos, procure deixar o seu texto com fluidez e se conectar com quem está lendo, nada de conteúdo maçante e cansativo.

  1. Trabalhe os sentidos sensoriais do seu consumidor

É uma estratégia que tem como finalidade trabalhar a percepção dos clientes por meio de estímulos sensoriais dos nossos 5 sentidos (olfato, tato, visão, audição e paladar). Para criar as ações sensoriais, é possível trabalhar diversos recursos e até combinações que façam sentido para o seu negócio. O objetivo é despertar um ou mais sentidos, para que o cliente tenha uma sensação de bem-estar e com isso desperte a vontade de comprar.

Com muita criatividade é possível implementar essas ações com um custo baixo e criar vínculos emocionais com o consumidor, o que trará inúmeros benefícios.  

Ainda que haja diversos estudos sobre o neuromarketing, ele ainda é considerado novo e não tão explorado, mas os que conseguem colocá-los em prática com certeza saem na frente da concorrência. Tenha persistência e estude o comportamento do seu consumidor, essa é a palavra chave para aplicar em suas estratégias e ter sucesso em seus negócios. 

Por Márcia Ribeiro – Analista de Marketing Estratégico da Tribo do Porto

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