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O futuro das transações financeiras: moedas digitais e Blockchain

Data: 03 maio 2024 | Categoria: Digital
imagem retrata o Vagner Santana e seu artigo sobre moedas digitais

Nos últimos anos, temos testemunhado uma revolução no mundo das finanças com a ascensão das moedas digitais e do blockchain.

Com o Bitcoin liderando o caminho, cada vez mais pessoas estão se familiarizando e adotando esse novo tipo de moeda completamente digital. 

Mas será que estamos prontos para abraçar essa mudança de forma mais ampla e integrá-la em nosso dia a dia? 

O que são as criptomoedas ou moedas digitais?

As criptomoedas, também conhecidas como moedas digitais, são um tipo de dinheiro virtual que utiliza a criptografia para garantir transações seguras e controlar a criação de novas unidades.  

Diferentemente das moedas tradicionais emitidas por governos, as criptomoedas operam de forma descentralizada, ou seja, não são controladas por uma autoridade central. 

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda a ser criada e desde então várias outras surgiram, cada uma com suas próprias características e tecnologias subjacentes.  

Dessa forma, o uso das criptomoedas tem crescido nos últimos anos, sendo utilizadas para transações online, investimentos e até mesmo como forma de pagamento em estabelecimentos físicos. 

Brasil e o avanço das moedas digitais

As moedas digitais com certeza farão cada vez mais parte de um futuro muito próximo. 

Dois dos principais desafios para que este movimento aconteça diz respeito a necessidade de instrução tecnológica por parte da população, principalmente no que diz respeito aos países subdesenvolvidos, além da necessidade de regulação governamental. 

O Brasil vem se posicionando na criação da sua moeda virtual, DREX, com previsão de lançamento para o final de 2024. Uma versão digital do real, que será monitorada pelo Banco Central. 

Mas quando falamos em investimentos em criptomoedas como Bitcoin que não possuem o intermédio de instituições tradicionais como bancos e governos e se posicionam como alternativa ao sistema financeiro tradicional ainda geram receio em boa parte da população mundial.

O desconhecimento da tecnologia Blockchain por grande parte da sociedade ainda não os deixam seguros sobre como esse modelo descentralizado acontece e se aplica na prática.

Segundo o relatório “Raio X do Investidor Brasileiro” feito pela ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais – Publicado em 2022, apenas 2% da população faz investimento nesta categoria.

Geração Z e o consumo

Levando em consideração o potencial de consumo e uma geração Z que é nascida completamente em um ambiente digital, é provável que as moedas digitais terão o seu futuro garantido, por um grupo que já tem o digital como sua realidade desde sempre. Isto evidencia a necessidade de uma preocupação regulatória, hoje. 

Precisamos ressaltar, que hoje, o “fator sustentabilidade” precisa ser levado em consideração no que diz respeito ao alto consumo de energia para mineração das moedas digitais, o que vai na contramão das preocupações que precisamos ter com a pauta ESG, dito isso, cabe uma evolução destes modelos de mineração. 

Como todo ciclo de inovação passa por um processo de maturação, para termos sucesso com uma moeda 100% digital, precisamos seguir atentos de como a estratégia de massificação acontecerá e como funcionará a regulamentação desta moeda são fatores chave para o sucesso da iniciativa. 

Setores afetados  pela  blockchain 

A tecnologia Blockchain já se apresentou como uma revolução, pois possui como principais características registro distribuído que permite registrar transações de forma segura, transparente e descentralizada em formato de blocos imutáveis. 

Quando pensamos em impactos nos segmentos, vemos que é uma tecnologia completamente aderente a praticamente todos como: educação, saúde, financeiro, agrícola, dentre outros. 

As empresas funcionam com base em informações e quanto mais rápida, segura e verdadeira esta informação for, sempre será melhor para o negócio.

A tecnologia pode ser considerada um pilar importante para o ganho de competitividade, redução de custos e segurança, pois é possível ver todos os detalhes de uma transação “ponta a ponta”, proporcionando maior eficiência. 

No segmento logístico, por exemplo, a blockchain possibilita todo um rastreio de mercadorias em sua cadeia de produção, levando assim um total em entendimento de preço, qualidade, localização e segurança do que está sendo entregue. 

Alguns pontos fundamentais sobre a Blockchain: 

Registro Distribuído: Todos os participantes da rede têm acesso ao livro de registros e seus históricos de transações. 

Registro Imutáveis: Uma vez que a transação é registrada, ela não pode ser alterada. 

Contratos Inteligentes: Regras armazenadas na blockchain que são executadas automaticamente para acelerar transações 

Apesar de pouco usado no Brasil, é percebida uma grande oportunidade para o agronegócio brasileiro, o setor de maior relevância em nosso PIB, no que diz respeito ao acompanhamento do seu volume de exportações e necessidade de seguir critérios específicos de qualidade e transporte já estabelecido pelos seus importadores.

Além disso, o Blockchain pode ajudar muitos problemas relacionados a rastreabilidade dos produtos e a transparência no gerenciamento da cadeia de suprimentos agrícolas. 

Conclusão

Em conclusão, o futuro das transações financeiras parece estar cada vez mais voltado para a moeda digital e a tecnologia Blockchain.

Com a crescente adoção de criptomoedas e a implementação de sistemas descentralizados e seguros, podemos esperar uma revolução no modo como lidamos com o dinheiro.

A transparência, segurança e eficiência proporcionadas por essas inovações têm o potencial de transformar o cenário financeiro global, tornando as transações mais rápidas, baratas e acessíveis para todos.

É importante estarmos atentos a essas mudanças e nos prepararmos para um futuro cada vez mais digital e descentralizado.

Por Vagner Santana, Tribe Leader no Brain

 

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