Nos últimos anos, temos testemunhado uma revolução no mundo das finanças com a ascensão das moedas digitais e do blockchain.
Com o Bitcoin liderando o caminho, cada vez mais pessoas estão se familiarizando e adotando esse novo tipo de moeda completamente digital.
Mas será que estamos prontos para abraçar essa mudança de forma mais ampla e integrá-la em nosso dia a dia?
As criptomoedas, também conhecidas como moedas digitais, são um tipo de dinheiro virtual que utiliza a criptografia para garantir transações seguras e controlar a criação de novas unidades.
Diferentemente das moedas tradicionais emitidas por governos, as criptomoedas operam de forma descentralizada, ou seja, não são controladas por uma autoridade central.
O Bitcoin foi a primeira criptomoeda a ser criada e desde então várias outras surgiram, cada uma com suas próprias características e tecnologias subjacentes.
Dessa forma, o uso das criptomoedas tem crescido nos últimos anos, sendo utilizadas para transações online, investimentos e até mesmo como forma de pagamento em estabelecimentos físicos.
As moedas digitais com certeza farão cada vez mais parte de um futuro muito próximo.
Dois dos principais desafios para que este movimento aconteça diz respeito a necessidade de instrução tecnológica por parte da população, principalmente no que diz respeito aos países subdesenvolvidos, além da necessidade de regulação governamental.
O Brasil vem se posicionando na criação da sua moeda virtual, DREX, com previsão de lançamento para o final de 2024. Uma versão digital do real, que será monitorada pelo Banco Central.
Mas quando falamos em investimentos em criptomoedas como Bitcoin que não possuem o intermédio de instituições tradicionais como bancos e governos e se posicionam como alternativa ao sistema financeiro tradicional ainda geram receio em boa parte da população mundial.
O desconhecimento da tecnologia Blockchain por grande parte da sociedade ainda não os deixam seguros sobre como esse modelo descentralizado acontece e se aplica na prática.
Segundo o relatório “Raio X do Investidor Brasileiro” feito pela ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais – Publicado em 2022, apenas 2% da população faz investimento nesta categoria.
Levando em consideração o potencial de consumo e uma geração Z que é nascida completamente em um ambiente digital, é provável que as moedas digitais terão o seu futuro garantido, por um grupo que já tem o digital como sua realidade desde sempre. Isto evidencia a necessidade de uma preocupação regulatória, hoje.
Precisamos ressaltar, que hoje, o “fator sustentabilidade” precisa ser levado em consideração no que diz respeito ao alto consumo de energia para mineração das moedas digitais, o que vai na contramão das preocupações que precisamos ter com a pauta ESG, dito isso, cabe uma evolução destes modelos de mineração.
Como todo ciclo de inovação passa por um processo de maturação, para termos sucesso com uma moeda 100% digital, precisamos seguir atentos de como a estratégia de massificação acontecerá e como funcionará a regulamentação desta moeda são fatores chave para o sucesso da iniciativa.
A tecnologia Blockchain já se apresentou como uma revolução, pois possui como principais características registro distribuído que permite registrar transações de forma segura, transparente e descentralizada em formato de blocos imutáveis.
Quando pensamos em impactos nos segmentos, vemos que é uma tecnologia completamente aderente a praticamente todos como: educação, saúde, financeiro, agrícola, dentre outros.
As empresas funcionam com base em informações e quanto mais rápida, segura e verdadeira esta informação for, sempre será melhor para o negócio.
A tecnologia pode ser considerada um pilar importante para o ganho de competitividade, redução de custos e segurança, pois é possível ver todos os detalhes de uma transação “ponta a ponta”, proporcionando maior eficiência.
No segmento logístico, por exemplo, a blockchain possibilita todo um rastreio de mercadorias em sua cadeia de produção, levando assim um total em entendimento de preço, qualidade, localização e segurança do que está sendo entregue.
Registro Distribuído: Todos os participantes da rede têm acesso ao livro de registros e seus históricos de transações.
Registro Imutáveis: Uma vez que a transação é registrada, ela não pode ser alterada.
Contratos Inteligentes: Regras armazenadas na blockchain que são executadas automaticamente para acelerar transações
Apesar de pouco usado no Brasil, é percebida uma grande oportunidade para o agronegócio brasileiro, o setor de maior relevância em nosso PIB, no que diz respeito ao acompanhamento do seu volume de exportações e necessidade de seguir critérios específicos de qualidade e transporte já estabelecido pelos seus importadores.
Além disso, o Blockchain pode ajudar muitos problemas relacionados a rastreabilidade dos produtos e a transparência no gerenciamento da cadeia de suprimentos agrícolas.
Em conclusão, o futuro das transações financeiras parece estar cada vez mais voltado para a moeda digital e a tecnologia Blockchain.
Com a crescente adoção de criptomoedas e a implementação de sistemas descentralizados e seguros, podemos esperar uma revolução no modo como lidamos com o dinheiro.
A transparência, segurança e eficiência proporcionadas por essas inovações têm o potencial de transformar o cenário financeiro global, tornando as transações mais rápidas, baratas e acessíveis para todos.
É importante estarmos atentos a essas mudanças e nos prepararmos para um futuro cada vez mais digital e descentralizado.