Tecnologia e agronegócio: tendências que vão transformar o futuro do setor

A ideia de um agronegócio rudimentar já não cabe mais no cenário atual. A tecnologia no agro já chegou há algum tempo e veio para ficar.

O produtor rural visto como um camponês com ferramentas manuais é agora um empreendedor rural que utiliza as inovações tecnológicas a seu favor para produzir mais, com maior qualidade e menor gasto, tanto em tempo, como em capital.

Máquinas agrícolas embarcadas com tecnologias de Inteligência Artificial, softwares e aplicativos de gestão e análises de solo na palma da mão nos smartphones, plataformas de compra e venda, drones e agricultura de precisão fazem parte do agro atual, com o surgimento de novas companhias, chamadas AGTech, como você verá ao longo desse conteúdo.

Tudo isso auxilia para contribuir com o futuro próspero do setor, que tem um amplo histórico de crescimento.

Para saber mais sobre as últimas tecnologias utilizadas no agro e como elas vêm revolucionando essa área, basta acompanhar esse artigo até o final. Boa leitura!

Como as tecnologias auxiliam no crescimento do agro no Brasil e na criação de novos negócios?

O agronegócio está em ampla expansão no mundo todo. Mas os países têm voltado os olhos especialmente para o Brasil, chamado de “o celeiro do mundo”, por sua capacidade produtiva e pela utilização das técnicas mais avançadas nesse setor, inclusive com o reconhecimento científico obtido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

E não é à toa. Com um tamanho continental e diversos tipos de solos e climas, consegue-se produzir soja, milho, feijão, trigo, carne, leite, hortifruticultura, entre outras diversas culturas em terras brasileiras. 

E nos grãos, os produtores daqui estão sempre superando recordes de produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou, por exemplo, que na safra 2022/2023, a produção ficou estimada em 154,6 milhões de toneladas e no milho, o número estimado chegou a 131,9 milhões de toneladas. Essas são as duas principais commodities produzidas no país.  

Conforme dados divulgados pelo Ministério de Agricultura, em 2022, o Brasil alcançou o Valor Bruto da Produção Agropecuária no valor de R$ 1,189 trilhões. Para 2023, o órgão estima um crescimento de 6,3%. 

E com os bons resultados e rendimentos a tendência é atrair maiores investimentos em pesquisas e desenvolvimento de novos negócios no setor. Um dos exemplos são as AGTechs que vêm surgindo com tudo no Brasil.  

Elas são startups focadas em gerar novas soluções, especialmente para o agronegócio. Utilizando recursos digitais, inteligência artificial, automação e outros recursos para realizar tarefas de maneira menos complexa e mais assertiva.  

Segundo o Radar AGtech Brasil 2022, organizado pela Embrapa e outras instituições e empresas, o país, no ano passado, já contava com mais de 1700 AGtechs e a tendência é esse número crescer cada vez mais. 

Quais são as maiores tendências para o futuro? 

Como já mencionado, diversas tendências surgem frequentemente trazendo novas tecnologias no agro. São novas soluções em diversas áreas que buscam desenvolver ainda mais a produção de grãos, pecuária, hortifruticultura, silvicultura e diversas outras atividades. 

Confira de forma mais detalhada quais são essas tendências, como elas funcionam e como você pode aplicá-las na sua produção. 

Inteligência Artificial (IA) 

A aplicação da inteligência artificial (IA) no setor agrícola tem sido uma das tendências mais promissoras para otimizar a produção, aumentar a eficiência e enfrentar os desafios do agronegócio. Esse recurso pode ser utilizado em diversas áreas: 

• Previsão de Safras: A IA é usada por diversas plataformas para prever safras com base em dados históricos de cultivos, condições climáticas e outras variáveis; 

• Monitoramento de pragas e doenças: Sistemas de visão computacional e aprendizado profundo podem identificar pragas, doenças e ervas daninhas nas culturas de uma maneira mais assertiva; 

• Gerenciamento de irrigação: Sensores e algoritmos de IA podem monitorar o nível de umidade do solo e as condições climáticas em tempo real, permitindo a irrigação precisa e economizando água; 

• Gestão de máquinas agrícolas autônomas: A IA é usada para automatizar máquinas agrícolas, permitindo a operação autônoma de tratores, colheitadeiras e outros equipamentos; 

• Monitoramento de animais na pecuária: Dispositivos de rastreamento e IA são usados para monitorar a saúde e o comportamento dos animais, ajudando os pecuaristas a detectar problemas de saúde de forma precoce, facilitando o tratamento. 

IOT – Internet das Coisas  

A Internet das Coisas (IoT) também tem sido utilizada na modernização do agronegócio. Por meio desses dispositivos é possível realizar algumas ações de forma mais eficiente.  

Com coleta de dados em tempo real, por exemplo, e automação de várias tarefas, as atividades se tornam mais rápidas e menos complexas, exigindo até mesmo menos mão-de-obra. A IoT no agronegócio já é utilizado em:   

• Monitoramento ambiental; 
• Gestão da irrigação; 
• Rastreamento de ativos, como máquinas agrícolas; 
• Monitoramento do desenvolvimento de culturas; 
• Rastreabilidade de produtos; 
• Automação agrícola; 
• Gestão de estoque de insumos. 

Marketplaces para compra e venda de insumos e commodities 

Plataformas que permitem a compra e venda de insumos e commodities agrícolas têm se tornado cada vez mais comuns. São aplicativos que permitem que produtores e empresas coloquem os seus produtos à disposição por aplicativos e ambos também podem receber ofertas. 

Com isso, há mais liberdade, segurança e rastreabilidade na negociação dos produtos. Uma das grandes vantagens aos produtores é que, dessa forma, não há necessidade de uma corretora intermediando a venda.  

Além disso, o próprio produtor pode acompanhar de perto o mercado e identificar as melhores oportunidades de preços, tanto para compra de insumos como para a venda das commodities. 

Redução das emissões de carbono 

O mundo está comprometido a reduzir a emissão de carbono. O Brasil, durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 26) realizada em 2021, se comprometeu a reduzir as emissões em 50% até 2030. 

O agronegócio contribui significativamente para a emissão de carbono nas suas diversas atividades. Alguns exemplos de liberação desse gás considerado nocivo à atmosfera do planeta, em grandes concentrações, são o uso de combustíveis fósseis em máquinas agrícolas, desmatamento e liberação de metano na pecuária. 

Portanto, cada vez mais essa deve ser uma preocupação do setor produtivo. Nesse sentido, uma das tendências de tecnologia no agro é atuar para auxiliar os produtores a encontrarem caminhos para reduzir suas emissões.  

E já existem startups para facilitar nessa missão. Um exemplo é que algumas criaram plataformas de compensação de emissões por meio da compra de créditos de carbono.

Elas podem ser úteis tanto para propriedades rurais como para empresas que precisam compensar seus índices de emissões comprando créditos.  

Essa é só uma amostra de como novas tecnologias podem e devem surgir para auxiliar em uma produção de alimentos mais preocupada com o meio ambiente e com o bem-estar da população. 

O que esperar do futuro do agronegócio? 

Dentro do que vimos é inegável que a tecnologia no agro terá cada vez mais espaço.

Além de trazer mais produtividade e rentabilidade aos produtores rurais, essas soluções inovadoras conseguem trazer à tona uma produção mais sustentável e de maior qualidade. 

E diante de um mercado cada vez mais exigente e preocupado com questões sociais e ambientais, isso é fundamental para que as empresas agrícolas tenham um reconhecimento da população.  

A ESG, por exemplo, um conjunto de padrões e boas práticas que se preocupa com fatores ambientais, sociais e de governança deverá ser implementado por todos os setores nos próximos anos e as propriedades rurais não ficam de fora.

Muitas pessoas, inclusive produtores rurais, ao se depararem com o assunto acham que esse é algo complexo.  

Mas é importante mencionar que pequenas atitudes adotadas no sistema de produção já vão ao encontro com as premissas do ESG.

Um exemplo muito claro para isso é na pecuária. Ao abater um animal em menos tempo, utilizando menos recursos e, ao mesmo tempo, proporcionando bem-estar a esse animal.  

E junto a isso oferecendo rastreabilidade ao consumidor final e boas condições de trabalho ao colaborador que está ali no dia a dia da propriedade, temos todos os pontos condizentes ao que é o ESG. 

O produtor rural precisa se conscientizar que com essas atitudes ele não estará só cumprindo a lei, mas também conquistando o consumidor que está cada vez mais atento às questões ambientais e preocupado em se alimentar de maneira mais saudável.  

Por exemplo, o aumento da preferência por produtos orgânicos já é uma realidade. Dados da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) revelaram que em 2021, esse nicho movimentou cerca de R$ 6,5 bilhões.  

Se preocupar em reduzir o uso de agroquímicos, emissão de carbono, redução na utilização de água, optar por energia renovável, entre outras iniciativas, é o presente e futuro do agronegócio.  

Como o Brain fomenta ecossistemas de inovação? 

E, nesses momentos, poder contar com o uso de inovação e tecnologia no agro pode facilitar a vida do produtor rural, tornando a sua produção mais sustentável ambiental e economicamente.  

Portanto, se você é produtor rural, busque conhecer todas as tendências e inovações que se encaixam na sua atividade e realidade do sistema produtivo.

Mas se acaso não encontrar nada que já existe no mercado, busque também inovar e sanar o gargalo identificado.  

O Brain Solutions pode te ajudar nesse sentido e auxiliar na jornada de te tornar um pioneiro na inovação da sua região.  

Somos apaixonados por criatividade e o nosso objetivo é transformar ideias em soluções que simplificam o dia a dia das pessoas e negócios parceiros. Conheça melhor nossos propósitos que visam desenvolvimento e crescimento.