Embora o tema da Agilidade esteja amplamente discutido no mercado, com diversas interpretações e abordagens, este artigo reflete minha vivência sobre o assunto.
Para mim, agilidade é a capacidade de prosperar em ambientes desafiadores, de adaptar-se a condições adversas e de criar oportunidades onde parecem não existir, agindo proativamente antes que as situações se tornem insustentáveis.
Além disso, introduzo o conceito de Lean, que, em minha visão, representa a arte de fazer muito com pouco — ou seja, tirar água de pedra.
Lean é uma abordagem de gestão focada na maximização da eficiência e na melhoria contínua dentro das organizações.
O conceito central do Lean é a eliminação de desperdícios, que podem incluir tempo, recursos e esforços desnecessários, com o propósito de otimizar os processos e aumentar a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos.
A palavra “lean”, que significa “enxuto” em inglês, reflete a busca por um funcionamento mais ágil e eficiente.
Falo do meu lugar de fala: mulher, preta retinta e periférica. Gosto de compartilhar minha história e, caso não tenha visto, está neste artigo: EU… | LinkedIn.
Trago isso aqui porque, para mim, agilidade é o meu propósito de vida. Ser Lean é um meio de sobrevivência, não só meu, mas de muitos que vieram de um ambiente hostil.
Acredito que todo ser oriundo de periferia pode falar com propriedade sobre agilidade, embora não seja bem esse o nome que damos a isso.
Busquei no Google as principais dificuldades de pessoas vindas de bairros periféricos, e são:
Você entende quando eu digo que agilidade, para mim, é prosperar em ambientes inférteis?
Uma pesquisa da PNAD, pessoas negras correspondem a 28,9% das pessoas que acessam a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) no Brasil. Não quero dizer “se eu consigo, você também consegue”!
Dessa forma, podemos enxergar que, são uma série de fatores e subfatores que contribuem para o sucesso ou o adiamento dele.
Por isso, este artigo tem como intuito mostrar que, além de metodologia, eu vivencio a agilidade, pelo menos no meu contexto e na minha compreensão. Essa prática, aliada a uma boa educação, pode nos levar longe e abrir possibilidades.
Esse é o motivador que me faz amar o que faço: até hoje prosperei assim, errando e aprendendo rápido, fazendo muito com pouco, adaptando, abraçando a mudança, com positividade, resiliência, humildade e colaboração.
Dessa forma, poder reverberar essa minha vivência no meu ambiente de trabalho é gratificante e me sinto realizada quando uma pequena atitude, uma pequena movimentação, faz uma grande mudança.
Não precisa ser apenas uma visão sobre financeiro, pode ser também, otimizar processos que antes eram morosos, colaborar com times que antes tinham dificuldade de entender a entrega, fazer entender que é o propósito e a disciplina que nos movem, fazer áreas trabalharem em conjunto para o mesmo propósito.
Explicar que o trabalho é uma relação ganha-ganha, e que se hoje você não trabalha com o que gosta, é o salário de hoje que vai te tirar de onde está.
Comece pequeno e vá incrementando com o passar do tempo, pois o importante é manter o foco.